29 de fevereiro de 2012

Comunicação Perigosa

Muito interesante a colocação do Dr Breno F. Gomes em seu Blog ttp://divagandoemsaude.blogspot.com/

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Comunicação Perigosa

QP, HMA, AE, HP
BEG, RCR, SS, MVF
ACV, AD, AL, AGU
CVL, BAL, MAPA, TE

DPOC, BIPAP, VNI, ATB
IRpA, TOT, VM, TQT
ALI, SARA, TVP, TEP
CTI, PIA, PVC, BH

HAS, ICo, IAM, PCR
AAS, ICC, BIA, PTCA
CAT, CX, DA, CD
ECO, FEVE, IAo, IM

IRA, AINE, IRC, HD
ITU, SVA, LECO, UTL
US, PSA, RTU, SVD
ESBL, MRSA, BGN, CGP

TV, AESP, TPSV, FV
FA, BAV, EAP, ECG
TCC, HSAE, ACM, PIC
POI, NDN...


Não entendeu nada? Comece a ler a partir daqui...

Poderia encher cem páginas de siglas relacionadas a área de saúde. Na verdade apenas peguei algumas de um passômetro do Centro de Terapia Intensiva. Caso você tenha entendido algumas, não se ache bom por isso. Você pode achar que sabe o significado e isso pode ser perigoso. Exemplificando, o que significa PCR? Ninguém é obrigado a saber o significado de uma sigla. Na sua maioria, inventadas de cabeças nem um pouco criativas e até preguiçosas. Tenho certeza que muitas delas são iguais as utilizadas em outros setores.

Na era do excesso virtual, da carência afetiva real, das redes sociais e da informação fácil e banalizada, a comunicação continua sendo o maior problema dentro dos hospitais e das grandes corporações. Ao invés de tentar facilitar a comunicação, o excesso de siglas complica ainda mais a transmissão das informações.

Se nem os médicos entendem todas as siglas, imaginem os demais profissionais envolvidos. A falha de comunicação, na passagem de informações, é um veneno em qualquer processo. Fonte inesgotável de erros totalmente evitáveis. Sigla é um risco constante se todos os envolvidos não souberem o seu significado na ponta da língua.

As siglas não são exclusividade da área de saúde. Elas são universais. Realmente não entendo porque os seres humanos gostam tanto delas. Preguiça? Economia de tempo? Sei lá. Basta criar uma empresa, entidade ou projeto que logo elas surgem imponentes mas nada criativas.

Menos siglas e mais informação com qualidade, essa é a proposta e o caminho correto. Impossível extingui-las mas utilizar, de maneira educada, seria muito mais seguro. Em relação a minha pergunta no início do texto, vamos as respostas: PCR pode ser Parada Cardio Respiratória, Reação em Cadeia da Polimerase, Proteína C Reativa e até Projeto Creche das Rosinhas. E aí? Acertou? Vamos valorizar a qualidade na passagem das informações, a segurança dos nossos pacientes agradece!

13 de fevereiro de 2012

Diretrizes de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) 2010:

10 pontos para lembrar!
 

Autor: Humberto Graner Moreira

Aqui estão os 10 pontos de destaque das novas Diretrizes de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) 2010:

1. A importância da Cadeia de Sobrevivência para o Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE) proposto pela American Heart Association (AHA) foi reforçada nas novas diretrizes. Além da ênfase na RCP de alta qualidade, a cadeia ganhou mais um elo – Cuidados pós-parada cardiorrespiratória (PCR). O primeiro elo da cadeia continua sendo o reconhecimento imediato da situação de emergência, o que inclui PCR e o acionamento do Serviço Médico de Emergência (Figura 1).
FIGURA 1. Reproduzido de American Heart Association: Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [versão em Português].


2. As novas diretrizes encorajam RCP somente com compressões torácicas (RCPSCT) para o leigo que testemunha uma parada cardíaca súbita. RCPSCT é mais fácil de ser executada por indivíduos não treinados e pode ser facilmente instruída por telefone pelo atendente do Serviço Médico de Emergência (SME).

3. A avaliação da respiração "Ver, ouvir e sentir” foi removida do algoritmo de SBV. Estes passos demonstraram-se inconsistentes, além de consumir tempo.

4. A seqüência para atendimento recomendada para um socorrista que atua sozinho foi modificada. Agora a recomendação é que ele inicie as compressões torácicas antes da ventilação de resgate. A antiga seqüência A-B-C (vias Aéreas - Boa ventilação - Compressão Torácica) agora é C-A-B. A seqüência A-B-C permanece para o cuidado neonatal, pois quase sempre a causa de PCR nos recém-nascidos é asfixia.

5. Não houve alteração na recomendação referente à relação compressão-ventilação de 30:2 para um único socorrista de adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos).

6. A ênfase maior das Diretrizes 2010 é a necessidade de uma RCP de alta qualidade, o que inclui:
• Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes).
• Profundidade de compressão mínima de 5 cm em adultos
• Retorno total do tórax após cada compressão
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas
• Evitar excesso de ventilação

7. As novas diretrizes minimizam a importância de checar o pulso pelos profissionais de saúde treinados. A detecção do pulso pode ser difícil mesmo para provedores experientes, principalmente quando a pressão arterial está muito baixa. Quando for executada, a checagem do pulso não pode levar mais que 10 segundos.

8. As recomendações anteriores de se utilizar o Desfibrilador Externo Automático (DEA) o quanto antes, em caso de PCR extra-hospitalar presenciada, foi reforçada. Quando a PCR não for presenciada, a equipe do SME deve iniciar RCP (se já não estiver sendo realizada pelo leigo) enquanto o DEA verifica o ritmo. Nestes casos, pode-se considerar 1 a 3 minutos de RCP antes do primeiro choque de desfibrilação.

9. Foi estimulada a implementação de programas que estabeleçam DEA acessíveis em locais públicos nos quais exista uma probabilidade relativamente alta de PCR presenciada. A AHA recomenda que esses programas sejam acompanhados de planejamento, treinamento e integração com o SME para melhor eficácia.

10. Os cuidados pós-PCR incluem: otimização da função cardiopulmonar e da perfusão dos órgãos vitais após o retorno da circulação espontânea, transporte para um hospital adequado ou UTI que disponha de recursos para cuidados pós-PCR, incluindo capacidade de intervenção em casos de síndromes coronarianas agudas, controle de temperatura para melhorar prognóstico neurológico, e tratamento e prevenção da disfunção de múltiplos órgãos.
Figura 2. Reproduzido de American Heart Association: Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [versão em Português].

REFERÊNCIAS:
Este texto foi baseado nas novas diretrizes para RCP da AHA, disponível em:

1. Field JM, Hazinski MF, Sayre M, et al. Part 1 Executive Summary: 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation 2010;122(18 Suppl 3).

2. American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [versão em Português]. Disponível em:
http://www.heart.org/idc/groups/heart-public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf

Curso online: Introdução à investigação sobre segurança do paciente/doente

  • O que você conhece sobre segurança do paciente/doente?
  • Todos os anos, centenas de milhares de pacientes/doentes sofrem danos ou morrem devido à falta de segurança em procedimentos médicos ou hospitalares e ficam com sequelas temporárias ou definitivas ao buscar assistência.
  • Compreender a magnitude do problema em hospitais ou unidades de atenção à saúde é o primeiro passo para melhorar a segurança do paciente/doente.
Para discutir o problema, será disponibilizado, em março de 2012, um curso online e gratuito de 8 módulos em português, cujo objetivo é apresentar os elementos básicos da investigação em segurança do paciente/doente.

As oito sessões serão direcionadas a profissionais de saúde e investigadores interessados em aumentar seu conhecimento sobre os problemas relacionados à segurança do paciente/doente.
As sessões serão apresentadas por especialistas brasileiros e portugueses de renome internacional em segurança do paciente/doente.

Programa / Registrar - inscrição gratuita no site http://www.who.int/patientsafety/research/online_course_portuguese/en/index.html