11 de novembro de 2010

Uma Assistência Limpa é Uma Assistência Mais Segura

Uma Assistência Limpa é Uma Assistência Mais Segura

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), em parceria com a Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos (UIPEA/GGTES/Anvisa), vem desenvolvendo ações visando à “Segurança do Paciente”, consonantes com as previstas na Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Primeiro Desafio Global para a Segurança do Paciente está focado na prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), sob o lema “Uma Assistência Limpa é Uma Assistência Mais Segura”, envolvendo ações relacionadas à melhoria da Higienização das Mãos em Serviços de Saúde.

Ferramentas para treinamento e educação
Os profissionais de saúde necessitam de um treinamento claro e sucinto sobre a importância da higienização das mãos, especialmente direcionado para “Os Cinco Momentos para a Higienização das Mãos” e para os procedimentos corretos de higienização anti-sépticas das mãos com preparações alcoólicas (gel ou solução) e higienização simples das mãos (água e sabonete associado ou não a anti-séptico).

Desta forma, os profissionais de saúde deverão receber treinamento regularmente (pelo menos, anualmente), incluindo também os novos profissionais contratados.

Para maiores informações sobre como usar as ferramentas e facilitar a compreensão dos componentes básicos do treinamento, favor consultar o Guia para Implantação da Estratégia Multimodal de Melhoria da Higienização das Mãos em Serviços de Saúde, abaixo disponibilizado.

Ferramentas-Chave
• Manual para Higienização das Mãos em Serviços de Saúde
Resumo das diretrizes da OMS para Higienização das Mãos.

• Guia para a implantação da estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos
Guia para implantar a estratégia de melhoria de higienização das mãos e como usar as outras ferramentas.

Acesse a pagina da Organização Pan-Americana de Saúde para fazer o download do manual e do guia de implantação.
http://new.paho.org/bra/index.php?option=com_content&task=view&id=883&Itemid=687&limit=1&limitstart=1

10 de novembro de 2010

DECLARAÇÃO DA ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA A PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE



DECLARAÇÃO DA ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA A PROMOÇÃO DA SEGURANÇA DO PACIENTE

A promoção da segurança do paciente é preocupação global. A Organização Mundial da Saúde estima que um em cada dez pacientes é vítima de erros durante a assistência. A Enfermagem do Estado de São Paulo, diante desse fato, declara seu compromisso em desenvolver ações que visem à promoção da segurança do paciente, atuando no âmbito da educação, prática clínica, pesquisa e cultura organizacional alicerçada nos preceitos éticos e legais da profissão.

Tendo por base tal pressuposto e considerando que:
•a segurança do paciente é fundamental para o cuidado com a saúde e um imperativo ético e moral do cuidado para com os outros;
•a Enfermagem, maior contingente de profissionais de saúde no país, tem função relevante na promoção da segurança do paciente e nos resultados de saúde da população;
•a possibilidade de errar é característica imutável do processo de cognição humano;
•o erro é definido como não intencional, multifatorial, eminentemente resultante de falhas do sistema, mais do que do indivíduo, sendo possível sua prevenção;
•é necessária a adoção de cultura organizacional que gere análise sistêmica de falhas, com vistas à prevenção e melhoria contínua do cuidado em saúde;
•no sistema de saúde são realizadas atividades complexas, em ambientes dinâmicos e especializados, nos quais o nível de desenvolvimento organizacional, dos processos de trabalho e dos profissionais afeta diretamente os resultados do cuidado;
•o paciente e a família têm o direito de receber assistência de Enfermagem que promova sua segurança por meio da realização de cuidados de Enfermagem centrados no atendimento integral às suas necessidades, preferências e valores;
•o paciente e a família têm o direito de receber assistência de Enfermagem em ambientes seguros, dotados de profissionais qualificados e em número apropriado;
•o paciente e a família têm o direito de receber cuidados de Enfermagem fundamentados na melhor informação científica e técnica e documentados em protocolos institucionais;
•o paciente e a família têm o direito de participar ativamente na promoção da sua segurança durante a assistência à saúde, com autonomia e responsabilidade;
•os profissionais de Enfermagem têm o direito de atuar em ambientes que ofereçam adequada infraestrutura física, de recursos humanos, de materiais e equipamentos para o desenvolvimento seguro de ações em saúde;
•os profissionais de Enfermagem têm o dever de realizar práticas seguras com base na excelência clínica, na melhor competência profissional e na mais adequada informação científica, bem como desenvolver ou participar de investigações científicas que promovam a segurança dos pacientes;
•ações de Enfermagem que visem à segurança do paciente devem ser estimuladas e valorizadas em qualquer cenário de atuação profissional;
•as instituições de saúde têm o dever de proporcionar condições de infraestrutura e trabalho adequadas à segurança do paciente, da família, dos profissionais e, consequentemente, da sociedade;
•as instituições de saúde devem ter a responsabilidade e o compromisso de promover condições e ações para educação permanente do profissional de Enfermagem; as instituições de ensino na área de Enfermagem têm o dever e o compromisso de garantir à sociedade profissionais competentes para o exercício seguro da profissão.

A Enfermagem do Estado de São Paulo declara:
•a promoção da segurança do paciente é responsabilidade compartilhada entre profissionais de Enfermagem e os demais que atuam, direta ou indiretamente, na área da saúde: pacientes e familiares; instituições de saúde; agências reguladoras; órgãos de acreditação; instituições de ensino; associações, conselhos, sindicatos e agremiações de profissionais de saúde; órgãos governamentais e sociedade;
•a análise sistêmica de erros deve incluir a participação ativa dos enfermeiros, profissionais de saúde, pacientes e gestores, envolvendo, quando necessário, órgãos de fiscalização, governamentais e a sociedade;
•a Enfermagem deve contribuir com toda e qualquer iniciativa local, regional, nacional e internacional para a promoção da segurança do paciente;
•as responsabilidades e os compromissos para a segurança do paciente devem ser claramente explicitados na política de Enfermagem Institucional e implementados nas ações dos enfermeiros gestores, líderes e profissionais de Enfermagem diretamente envolvidos na assistência;
•a cultura e o clima de segurança devem estar presentes nos ambientes de prática da Enfermagem como parte da sua missão, proporcionando condições para identificação, análise sistêmica e ações de melhoria contínua frente à ocorrência de erros e eventos adversos;
•o profissional de Enfermagem tem o dever e a responsabilidade de notificar a ocorrência de erros, eventos adversos e situações que coloquem em risco a segurança do paciente;
•o paciente e a família têm o direito de ser informado sobre a ocorrência de eventos adversos, as consequências para sua saúde e os cuidados que deve receber para se restabelecer;
•a Enfermagem deve participar de comitês institucionais que tenham como objetivo a captação de informações sobre erros, mesmo os que não chegaram a atingir o paciente, contribuindo com soluções para a prevenção e ações para minimizar efeitos de eventos adversos, fundamentadas em uma análise sistêmica;
•a Enfermagem reconhece o paciente e a família como agentes ativos na promoção de sua segurança e desenvolve ações que os fortaleçam por meio da informação, do relacionamento e do respeito;
•os profissionais de Enfermagem respondem por sua competência técnica, científica, ética e legal e somente executam atividades quando capazes de desempenhá-las de forma segura para si e para outrem;
•os profissionais de Enfermagem assumem o compromisso, junto à sociedade, de disseminar informações acerca da cultura de segurança do paciente para engajar a população na promoção de um sistema de saúde mais seguro.


Organização: Profª Drª Mavilde da Luz Gonçalves Pedreira e Profª Drª Maria de Jesus C. S. Harada, coordenadoras do Projeto Enfermagem para Segurança do Paciente do Coren-SP, Gestão 2008–2011.
Elaboração: Profª Drª Ariane Ferreira Machado Avelar, Drª Carmen Ligia Sanches de Salles, Drª Cleide Mazuela Canavezi, Drª Daniella Cristina Chanes, Drª Denise Myiuki Kusahara, Drª Dirce Laplaca, Profª Drª Elena Bohomol, Profª Drª Kátia Grillo Padilha, Drª Lilian Lestingi Labbadia, Profª Drª Luiza Watanabe Dal Ben, Profª Drª Maria Angélica Sorgini Peterlini, Profª Drª Maria de Jesus C. S. Harada, Drª Marlene U. Moritsugu, Profª Drª Mavilde da Luz Gonçalves Pedreira, Drª Rosemeire Keiko Hangai e Profª Drª Sílvia Helena de Bortoli Cassiani.
Promoção: Coren-SP.

SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA

SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA

10 PASSOS PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO – COREN-SP
REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE – REBRAENSP – POLO SÃO PAULO
SÃO PAULO – 2010

A segurança na utilização da tecnologia compreende o benefício e o impacto no
uso de um ou mais recursos, em prol do restabelecimento da saúde do paciente.
Visa identificar soluções que têm como propósito promover melhorias específicas
em áreas de maior risco na assistência à saúde, para que a tecnologia seja
utilizada de maneira apropriada.
A seguir estão descritas algumas medidas para promoção de segurança na
utilização de alguns equipamentos utilizados na área da saúde.

Medidas sugeridas
1. Consulte o manual do fabricante de qualquer equipamento.
2. Avalie se o equipamento apresenta condições adequadas para o uso.
3. Simule o funcionamento normal do aparelho, desconecte o plugue da tomada
e verifique se o alarme de bateria começa a soar.
4. Efetue a limpeza programada do equipamento e/ou sempre que necessário.
5. Verifique o adequado funcionamento do equipamento.
6. Verifique em que condições encontra-se o equipamento, se foi realizada a
manutenção e a programação para manutenção preventiva e calibração do
equipamento.
7. Peça orientações ao serviço de engenharia ou manutenção da instituição
sobre o uso adequado de equipamentos quando houver qualquer dúvida.
8. Leia o manual simplificado do equipamento desenvolvido pela instituição, que
deve estar visível e legível no aparelho. Siga a sequência correta para o manuseio.
9. Informe as condições de uso, disparo do alarme e anormalidades ao paciente
e/ou familiar.
10. Explique ao paciente como acionar o profissional em caso de urgências.
11. Posicione o equipamento em local seguro para prevenir quedas e acidentes.
12. Faça as anotações na ficha de atendimento ou no prontuário do paciente
descrevendo a orientação fornecida, as condições do equipamento e o uso no
paciente.
13. Monitore o paciente com frequência, analisando as condições do equipamento
em uso.
14. Analise se o equipamento tem condições técnicas para o atendimento das
necessidades clínicas do paciente, participando do processo de adequação da
tecnologia aplicada ao cuidado de enfermagem.

Pontos de atenção
1. Conheça as diferentes alternativas tecnológicas, auxiliando na escolha do
equipamento mais adequado.
2. Verifique e aplique as legislações pertinentes.
3. Conheça e siga os protocolos específicos no uso e manuseio de cada
equipamento.
4. Conheça as condições de substituição, empréstimo, obsolescência e ou
alocação do recurso tecnológico.
5. Certifique-se de que possui habilidade e conhecimento técnico para o
manuseio do equipamento com segurança.
6. Em caso de falta do recurso tecnológico necessário, o enfermeiro deve verificar
se há alternativas.
7. Se o paciente referir alergia a algum produto / conexão / tubo do equipamento,
registre na ficha de atendimento ou no prontuário e realize a substituição.
8. Na recusa do paciente em utilizar o equipamento, explique os benefícios e
indicações para o tratamento de saúde e identifique os motivos para a rejeição.
Se necessário o enfermeiro deve avaliar as condições do paciente, sua opinião
e a possibilidade de substituição do equipamento.

Referências
- Silva LK. Avaliação tecnológica e análise custo-efetividade em saúde: a incorporação de tecnologias
e a produção de diretrizes clínicas para o SUS. Rio de Janeiro: Departamento de Administração e
Planejamento em Saúde- ENSP/Fiocruz, 2003. pg 501-20.
- Banta HD. Health Care Technology as a Policy Issue. Health Policy 1994; 30: 1-20.
- Institute of Medicine. Donaldson MS, Sox JR, HC (eds). Setting Priorities for Health Technology
Assessment: A Model Process. Washington DC, National Academy Press; 1992.